TÓQUIO — A seguir, os principais eventos da tragédia que marcou o Japão nos últimos dias (sempre hora local).
Sexta-feira, 11 de março:
- Um terremoto submarino de magnitude 8,9, um dos mais poderosos já registrados, atinge o litoral nordeste do Japão antes das 15h00, hora local. As autoridades emitem um alerta de tsunami.
- Um tsunami de 10 metros arrasa o litoral nordeste do Japão.
- Um primeiro balanço da polícia fala em mais de mil mortos e desaparecidos.
- Dezenas de réplicas abalam a região, algumas com magnitude 7.
- As autoridades anunciam que quatro usinas nucleares na área atingida pelo terremoto foram desativadas. Onze das quase 50 centrais param de produzir energia.
- Alerta de tsunami em todos os estados do Pacífico, da Oceania e da América Latina.
Sábado, 12 de março:
- O governo japonês ordena a evacuação das pessoas que moram nos arredores da usina Fukushima 1, onde o terremoto fez com que os sistemas de refrigeração falhassem, criando o receio de uma fusão.
- Explosão na usina nuclear Fukushima 1. O teto do prédio de contenção do reator 1 desaba. O acidente é catalogado como de nível 4 em 7 na Escala Internacional de Eventos Nucleares (INES, na sigla em inglês).
- O Japão mobiliza 100.000 militares para socorrer os habitantes e requesita ajuda à comunidade internacional, incluindo os militares americanos posicionados no país.
- Vídeos mostram a extensão dos danos causados pelo tsunami, que arrasou cidades e áreas rurais inteiras.
- Quatrocentos corpos são encontrados no porto de Rikuzentakata, e 300 numa praia de Sendai (província de Miyagi).
- O Serviço Meteorológico Americano anuncia que a força do terremoto moveu Honshu - a principal ilha japonesa - cerca de 2,4 metros.
Domingo, 13 de março:
- A operadora Tokyo Electric Power (TEPCO) não exclui que o combustível do reator número 2 tenha derretido devido à falha no sistema de resfriamento.
- O governo diz que 230.000 pessoas num raio de 20 km foram evacuadas da vizinhança dos reatores atingidos.
- A polícia da província de Miyagi, uma das mais atingidas pelo tsunami, afirma que o número de mortes pode superar 10.000 apenas nesta região.
- O primeiro-ministro Naoto Kan diz que o Japão enfrenta a pior crise desde o final da Segunda Guerra Mundial.
- O governo anuncia um racionamento de energia por causa do fechamento das usinas. Milhões de habitantes sofrem com a falta de água, energia e alimentos.
- Chegam as primeiras equipes de socorro da Austrália, Nova Zel&ândia, Coreia do Sul, Suíça e Grã-Bretanha.
Segunda-feira, 14 de março:
- Novo terremoto ocorre a 150 km de Tóquio com novo alerta de tsunami, que é logo cancelado.
- Ocorrem explosões no reator 3 de Fukushima 1, sem ocorrência de danos, segundo a Tokyo Electric Power (TEPCO). As barras do reator 2 chegama ficar totalmente expostas.
- Equipes de resgate encontram mais de 2.000 corpos na província de Miyagi.
- A ONU diz que 1,4 milhão de japoneses estão sem água potável e que mais de meio milhão já foram evacuados.
- O Serviço Geológico Americano corrige a magnitude do terremoto de sexta-feira para 9.
- A Bolsa de Tóquio cai 6,18%, arrastando outros mercados asiáticos. Os fabricantes de automóveis suspendem sua produção. O Banco Central do Japão injeta 131,6 bilhões de euros para facilitar o financiamento das empresas e estabilizar os mercados.
Terça-feira, dia 15 de março:
- Mais duas explosões e um incêndio ocorrem em Fukushima e os níveis de radiação atingem níves perigosos, obrigando o governo a extender a área de isolamento para 30 km ao redor da usina.
- O balanço oficial e parcial de mortos passa de 3.000, e o número de desaparecidos é de quase 7.000.
- O banco central do Japão injeta mais 70 bilhões de euros no sistema financeiro para apoiar a economia japonesa.