segunda-feira, 24 de maio de 2010

Livro "A África responde a Sarkozy" é apresentado em Luanda


Luanda - O livro intitulado “A África responde a Sarkozy”, de 22 autores africanos, foi apresentado hoje, em Luanda, numa cerimónia ocorrida à margem do ciclo de conferências promovido pelo Ministério da Cultura no âmbito das celebrações do Dia de África, a assinalar-se a 25 deste mês.

O acto de apresentação do livro em Angola contou com a presença de um dos seus autores, o economista senegalês Demba Moussa Dembélé.

Demba Moussa Dembélé, que se encontra em Angola a propósito das celebrações do Dia de África, fez saber que o teor do livro serve para responder ao presidente francês Nicolas Sarkozy, que no seu discurso proferido na Universidade Cheikh Anta Diop, no Senegal, a três anos, apresentou uma imagem negativa de África.

A resposta, idealizada pelo ex-ministro da Cu

ltura senegalês, Makhily Gassama, teve grande impacto em alguns países africanos e na Europa, tendo em conta que especialistas de várias áreas do saber juntaram-se para responder o presidente francês.

“O livro motivou várias conferências e debates, principalmente em França, o que levou a encontros de intelectuais franceses como os conselheiros do próprio presidente francês”, disse.

Há a necessidade de unir África, defendeu, voltando aos ideais de Nkwame Nkrumah, e para que não se ocidentalize o continente deve-se manter a união de modos a que em conjunto se possa solucionar os principais problemas.

Por seu turno o director do Instituto Nacional das Industrias Culturais (INIC), António Fonseca, disse que o livro trás 22 posicionamentos de intelectuais africanos, entre escritores, historiadores, economistas que responderam um discurso proferido há três anos.

Face ao seu posicionamento sobre o continente africano, acrescentou António Fonseca, estes intelectuais decidiram dar voz a discordância com o ponto de vista do presidente francês, daí que estes trazem uma visão contemporânea de África, contrariando as responsabilidades que são imputadas aos africanos sobre o tráfico negreiro, a pobreza, entre outros assuntos.

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