terça-feira, 18 de agosto de 2009

O maior dos desafios

Fenômeno em expansão no mundo – sua evolução parece ter origem na própria explosão demográfica – a violência urbana constitui hoje um desafio difícil de ser vencido. Aqui e ali se ouve que ela diminuiu numa cidade ou outra (casos de Nova Iorque e Bogotá, por exemplo), mas não acabou e continua crescendo no conjunto das demais urbes do mundo.
Maceió está dentro desse contexto, mormente, em razão de seu avanço urbano desordenado. A capital alagoana é relativamente pequena: vai do Pontal da Barra a Jacarecica e daí, triangulando, até o Tabuleiro. A cidade original teria hoje não mais de 300 mil habitantes. No entanto, a população geral beira 1 milhão de almas e o grosso está distribuído em dezenas de conjuntos habitacionais, nas grotas, nas favelas e palafitas – precisamente as áreas onde a violência de faz presente com mais ímpeto.
Mais que provável, é certo que o aparelho policial é deficiente (já esteve pior), mas o fato é que apenas o aparato repressor será insuficiente para enfrentar a criminalidade e apresentar grandes resultados. Se não fosse assim, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife não teriam mais violência...
O combate ao crime exige um engajamento total: governo e sociedade. Claro que a ação policial é primordial. Sem uma polícia equipada, ágil e “inteligente” não há como enfrentar o crime organizado e a violência desorganizada. Mas à sociedade também compete fazer a sua parte. É preciso educar, formar melhor as crianças e os jovens, cultuar a paz e, sobretudo, criar barreiras para livrá-los do inverno das drogas.
A Secretaria Especial de Promoção da Paz foi criada com o objetivo de colaborar com essa pregação, levando às escolas um projeto voltado para a cultura da convivência pacífica entre os alagoanos. Trata-se, porém, de uma semente que requer tempo para nascer, crescer e se desenvolver...
Importante também investir mais na geração de emprego e renda. A violência tem muito a ver com o desemprego, com a falta do que fazer. Fome e miséria são ingredientes da criminalidade. Executar obras físicas, como o governo tem feito no interior e na capital – atrair empresas, investir no turismo priorizando a instalação de novos hotéis – tudo isso responde à necessidade de geração de mão-de-obra e representa grande esforço no sentido de reduzir os índices de violência no Estado.
Esforço, empenho, compromisso. Não quer dizer que a coisa vá se resolver a qualquer momento. Não existe mágica. No mundo hodierno, males como a criminalidade e a violência urbana “vieram para ficar” – e um de seus tentáculos – as drogas – constituem hoje um desafio em escala mundial, uma terrível dor-de-cabeça para praticamente todas as nações do planeta.

Países pobres serão os mais atingidos pela influenza A (H1N1)

Desde o momento na última primavera (no Hemisfério Norte) em que a gripe suína varreu o México e deu início à primeira pandemia do mundo em 40 anos, especialistas médicos enfatizaram a imprevisibilidade do vírus da gripe. O refrão deles tem sido: "Espere o inesperado".

Até o momento, entretanto, o novo vírus H1N1 tem mais ou menos seguido o roteiro que os epidemiologistas escreveram para ele há três meses. O vírus tem seguido à risca o padrão sazonal normal de gripe, de forma que os surtos atuais são mais intensos no Hemisfério Sul, onde é inverno.

Enquanto isso, os epidemiologistas estão ocupados alimentando seus modelos de computador com os mais recentes dados, para dar aos governos e autoridades de saúde alguma orientação sobre o que provavelmente acontecerá a seguir.

Apesar da gripe ter a capacidade de surpreender, eles ficariam admirados caso não ocorresse um aumento dos casos no Hemisfério Norte no outono, após todos voltarem à escola e ao trabalho e o clima esfriar.

Se o vírus se tornará mais agressivo é menos certo. Há uma crença de que pandemias severas são precedidas por uma onda "precursora" mais branda da doença. Se for o caso, o perspectiva é sombria.

Mas uma nova análise no "The Journal of the American Medical Association", de autoria de dois especialistas americanos, David Morens e Jeffrey Taubenberger, do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, parece demolir a teoria. Os autores examinaram os registros históricos de 14 epidemias ao longo dos últimos 500 anos - e não encontraram nenhum padrão consistente de gripe se tornando mais severa em ondas subsequentes.

Apesar de fazer a referência habitual ao "vírus notoriamente imprevisível", os autores concluíram cautelosamente que as características da mais recente variedade H1N1 "dão motivos para esperança de uma pandemia mais indolente e menos mortes do que em muitas pandemias do passado". Isso poderá tranquilizar pais preocupados em subúrbios prósperos por toda a América do Norte e Europa, preocupados com a disseminação da gripe suína por escolas e escritórios. Seja lá o que vier a acontecer, eles e suas famílias terão acesso a drogas antivirais e, em poucos meses, a vacinas.

Como acontece com todas as epidemias, as pessoas com mais motivos para se preocupar são aquelas que vivem no mundo em desenvolvimento - e os habitantes mais carentes do mundo industrializado. Aqui já existem alguns sinais de uma tragédia iminente.

Na Austrália, os aborígines e moradores das ilhas do Estreito de Torres, que correspondem a cerca de 2,5% da população, representam 10% das hospitalizações e mortes por gripe suína. "Devido à presença de doenças crônicas e seu nível mais alto de desvantagem social, os indígenas australianos estão vulneráveis às complicações do vírus H1N1 da pandemia de 2009", como notou o relatório de vigilância da gripe do governo de Canberra.

Um padrão semelhante está surgindo entre as comunidades empobrecidas das "Primeiras Nações" do Canadá. Também foram detectados os primeiros casos de gripe H1N1 entre tribos isoladas da bacia do Amazonas. E a infecção está ganhando impulso na Índia, com as autoridades em Mumbai ordenando o fechamento temporário de escolas e cinemas.

A gripe suína continua afetando principalmente crianças e jovens adultos, provavelmente porque as pessoas mais velhas têm alguma imunidade residual da exposição de variedades de gripe H1N1 de meados do século 20. Mas a boa notícia é que o vírus não está exibindo sinais de mutação para se tornar mais agressivo.

Entidades como a Organização Mundial de Saúde mantêm um levantamento global da incidência de gripe suína -o mais recente total mostra 188.272 casos confirmados, incluindo 1.945 mortes. Mas esses números precisos estão se tornando cada vez menos significativos, à medida que a pandemia cresce e a maioria dos pacientes com uma gripe mais branda não é testada.

As estatísticas oficiais certamente exageram a taxa de mortalidade da gripe suína, que especialistas dizem ser bem abaixo de 0,5%. A grande maioria dos casos é brando e é curado sem a ajuda de drogas antivirais como o Tamiflu.

Apesar de algumas poucas pessoas sem outros problemas de saúde terem morrido de gripe H1N1, os mortos consistem principalmente de pacientes portadores de outra doença ou fatores que enfraquecem o sistema imunológico, como obesidade e gravidez.

Mas está claro que por mais imprevisível que a gripe possa ser - e seja qual for a gravidade desta pandemia - o número de vítimas nos próximos meses será proporcionalmente bem maior entre os mais pobres do mundo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

CAIU A CASA DA MEGA SENA!!! A GRANDE FARSA É DESCOBERTA!



SE VOCÊ FAZ APOSTAS, ESTÁ SENDO ENGANADO!!!

A Polícia Federal desconfiou que estivesse havendo algum tipo de
fraude na MEGA SENA e, mal começaram as investigações, pegaram várias
pessoas envolvidas no esquema, entre elas, funcionários, auditores, e
muito peixe grande, ligadas diretamente ao governo.
Era muita gente envolvida no esquema. Eles fraudavam o peso da
bolinha, fazendo sempre dar os números que eles quisessem e botavam
'laranjas' para jogar em diferentes Estados.
Você que achava estranho a Mega Sena acumular tantas vezes
seguidamente, e quando saía o prêmio, apenas uma pessoa ganhava,
geralmente em algum lugar bem distante. Só podia ser algum tipo de
fraude mesmo!!!
Descobriram membros da quadrilha com 4 Bilhões em contas nos paraísos
fiscais; o que menos tinha, tinha 8 milhões.

Isso é sacanagem com o povo brasileiro, que trabalha demais; muitos
deixam até de comer alguma coisa para fazer uma fezinha! O que muito
me admira é que quase não houve divulgação!!!!!!

Na TV só passou uma vez no Jornal da Record, e outra na BAND.
Certamente foram censurados... Está na cara que o governo não quer
perder a bocada que fatura cada semana com os jogos, e nem quer mais
CPIs...

Está notícia não pode ficar na gaveta, espalhem!!!
Vamos nos unir e dar fim a essa grande rede de corrupção que envolve o
nosso país.

Colabore com a DIVULGAÇÃO e ajude a desmantelar essa corja de
corruptos que levam 45% do seu salário em impostos e ainda têm
coragem de levar mais... Passe para todos da sua lista de contatos...

O BRASIL todo precisa saber!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Crescem denúncias de violência contra crianças e adolescentes

Chega a ser contraditório comemorar o aumento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. No entanto, nada pode ser melhor para essa parcela indefesa da população. E dois canais muito eficazes para isso, o disque 100, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR), e o Disque 181, do Instituto São Paulo Contra a Violência, têm recebido cada vez mais ligações de pessoas que não toleram tais abusos.

O Disque 100, por exemplo, somou mais de 100 mil encaminhamentos dos mais de 2 milhões de atendimentos feitos desde sua criação, em 2003. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, o serviço realizou 131.287 atendimentos e recebeu e encaminhou 17.009 denúncias.

A procura pelo serviço tem crescido a cada ano. Se há seis anos eram 12 denúncias por dia, em 2008 passaram a 89 e até junho deste ano, a média é de 94, diariamente. Além de casos de violência sexual, o Disque 100 recebe informações sobre tráfico de crianças e adolescentes, maus-tratos, negligência, entre outros abusos.

Entre 2003 e junho de 2009, 35% das denúncias eram de negligência, 34% de violência psicológica e física e 31% de violência sexual. Do total de casos de violência sexual, 58,71% tinham a ver com abuso sexual e 39,64% com exploração sexual.

"Ninguém comemora uma denúncia, até porque ela surge de algum sofrimento, de um crime. Mas a gente fica satisfeito por conseguir essas informações que visam sobretudo a proteção. As pessoas estão se incomodando mais", afirma Leila Paiva, coordenadorado Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes da SEDH.

Segundo ela, esses números são a prova de que a população não tolera mais a violência sexual contra crianças e adolescentes. "Essas 100 mil denúncias foram encaminhadas e as vítimas atendidas. Não só na perspectiva da responsabilização, mas na perspectiva do enfrentamento".

A maior parte das denúncias é contra meninas: 62%. Esse número sobe para 81% quando as denúncias são de violência sexual, que abrange exploração sexual (83%), tráfico de crianças e adolescentes (81%), abuso sexual (79%) e pornografia (70%).

ENCAMINHAMENTOS

Leila explica que as informações são repassadas em até no máximo 24 horas e as urgentes são transmitidas de imediato. De acordo com a coordenadora, a partir dos telefonemas, os órgãos acionados são promotorias de justiça, conselhos tutelares, polícias Civil e Militar, conselhos municipais e estaduais de direitos da Criança e do Adolescente, Núcleo de Enfrentamento da Violência.

Os dados da secretaria foram divulgados no mês passado, durante um seminário, em Brasília (DF). Leila explica que o serviço está em fase de aprimoramento, pois em breve funcionará um novo sistema de banco de dados das denúncias.

O objetivo, diz Leila, é facilitar o mapeamento de regiões críticas. "Com mais informações podemos detectar e agir regionalmente em focos de exploração sexual de meninos e meninas".

terça-feira, 7 de julho de 2009

Relatórios da miséria, fome, violência, Aids e desmatamento no planeta

Fome:

Todos os dias, mais de 850 milhões de pessoas vão se deitar com fome; dentre elas, 300 milhões são crianças. A cada cinco segundos, uma delas morre de fome.

O número de desnutridos nos países em desenvolvimento cresce à razão de quase 5 milhões de pessoas por ano.

Todo ano no Planeta, morrem de fome cerca de 30 milhões de pessoas.




Pobreza:

Entre 55 e 90 milhões de pessoas passarão à condição de pobreza extrema ainda neste ano de 2009, devido à recessão mundial resultante da crise financeira internacional.Mais de 1 Bilhão sofrerá de fome crônica no mundo todo.

Segundo pesquisas, 53,9 milhões de brasileiros são pobres; isso significa que quatro em cada dez brasileiros vivem em miséria absoluta. Entre as 130 Nações que medem a distribuição de renda, o Brasil é o penúltimo colocado; só ganha de Serra Leoa.equivale a 31,7% da população. 21,9 milhões dessa população são muito pobres, ou 12,9% dos brasileiros.






Água Potável:

Globalmente, ao longo das últimas décadas, a quantidade de água potável disponível tem diminuído dramaticamente.

Há 1,6 bilhão de Km³ de água no mundo, mas, o que podemos beber é menos de 1% disso...

A poluição das águas mata hoje 2,2 milhões de pessoas por ano; mais de 75 % da reserva mundial de peixes é sobre-explorada;

E o aumento no nível dos oceanos causado pelo aquecimento global pode deslocar dezenas de milhões de pessoas.

Em 20 anos, mais de 60% da população mundial sofrerão com a escassez de água. Também segundo a ONU, na atualidade, mais de 1,1 bilhão de pessoas não têm acesso a água tratada.



Saneamento:

Quatro em cada 10 pessoas no mundo não têm acesso nem a uma simples latrina de fossa não asséptica, e são obrigadas a defecar a céu aberto.

Aproximadamente 2 em cada 10 pessoas – mais de 1 bilhão de pessoas – não têm nenhuma fonte de água potável segura.

80% das internações hospitalares no mundo são devidas a doenças transmitidas pela água.

Como consequência, 3.900 crianças morrem diariamente em razão desta crise humanitária, totalmente evitável, porém silenciosa.

Habitação:

Atualmente, 900 milhões de pessoas vivem em assentamentos precários (favelas e áreas de risco) em todo o mundo.

A menos que a situação mude substancialmente, 1,5 bilhão de moradores de zonas urbanas serão favelados em 2020,o equivalente à população da China.

O Brasil terá 55 milhões de favelados,o que seria equivalente a 25% da população do país.

Atualmente, quase 1 bilhão de pessoas – um sexto da população mundial – vivem em favelas.

Educação:

O Brasil tem atualmente cerca de 16 milhões de analfabetos, e metade desse número está concentrada em menos de 10% dos municípios do país.

O planeta ainda conta com 780 milhões de analfabetos.

No Brasil existem 16,295 milhões de pessoas incapazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples.

Levando-se em conta o conceito de "analfabeto funcional", que inclui as pessoas com menos de quatro séries de estudo concluídas, o número salta para 33 milhões.

Trabalho Infantil:

Cerca de 2,5 milhões de crianças, entre 5 e 16 anos, trabalham no Brasil, o que o coloca entre os países com os maiores índices de trabalho infantil.

Cerca de 250 milhões de crianças no mundo trabalhando (entre os 5 e 14 anos), mas as estatísticas não são muito seguras, dado que boa parte da exploração é clandestina ou realizada em setores econômicos informais. Na África, uma em cada três crianças é explorada e, na América Latina, uma em cada cinco. A situação em alguns países No Equador, país que encabeça o ranking de trabalho infantil no continente, onde 1 milhão e quinhentos mil menores trabalham nos bananais, fabricação de tijolos e outros.

Aids:

No ano passado a Aids matou 3 milhões de pessoas, e outros 4,1 milhões foram infectados - mais de 8.000 por dia, e a doença hoje infecta 40 milhões, dos quais 25 milhões vivem no continente africano. Além disso, a epidemia deixou órfãos 15 milhões de crianças,

Mais de 500 mil crianças nasceram com o HIV, o vírus causador da Aids, no ano passado.

Entre elas, cerca de 20 mil crianças brasileiras.

O número de mulheres infectadas com vírus HIV aumentou em 44% no país nos últimos dez anos.

O uso de seringas contaminadas mata 1,3 milhão de pessoas por ano no mundo todo.

Somente no Brasil existe atualmente mais de meio milhão de pessoas contaminadas com o vírus da AIDS, mas elas não sabem disso.

Violência

Segundo a UNESCO, de 60 países analisados, em apenas 06 o número de homicídios é superior ao número de mortes por acidentes de trânsito.Dentre esses está o Brasil e mais três países da América Latina. Em 49 desses países, o número de suicídios é superior ao número de homicídios; dentre as exceções está o Brasil e mais sete países da América Latina. A América Latina é a região onde mais ocorrem homicídios no planeta: 30 mortes para cada grupo de 100.000 pessoas ao ano, o triplo da média mundial.

Da população mundial, o Brasil responde por 11% de todos os homicídios do planeta. É o 2º país que mais mata utilizando armas de fogo, 3º em homicídios contra jovens e 4º colocado em homicídios no geral. O Brasil é o 3º mais violento da América Latina, perdendo somente para a Colômbia e Venezuela.

Aborto:

Estima-se que são feitos 42 milhões de abortos a cada ano em todo o Planeta, e, desses, 20 milhões são ilegais ou executados clandestinamente. Segundo a OMS, abortos inseguros causam por volta de 65.000 a 70.000 mortes maternas a cada ano(1), 99% das quais ocorrendo nos países em desenvolvimento(2).

No Brasil a cada minuto, quase dois abortos clandestinos são realizados . O número é uma estimativa baseada nas internações pós-aborto pelo SUS e aponta que, desde 1999, cerca de 952 mil mulheres interromperam a gravidez por ano no país.

Desmatamento:

Dados divulgados indicam que a Floresta Amazônica perdeu 754,3 quilômetros quadrados de florestas entre novembro de 2008 e janeiro de 2009. A área equivale a metade do município de São Paulo.

O país perdeu um campo de futebol a cada dez minutos na Amazônia, nos últimos 20 anos.

O Brasil é campeão mundial de desmatamento. Em segundo lugar está a Indonésia: 18,7 km2 por ano e, em terceiro, segue o Sudão, com 5,9 km2. As principais causas pelo desmatamento na Amazônia são a retirada de madeira, o cultivo de soja e gado.

Quando olha para o mundo nessa perspectiva, consegue perceber a real necessidade de solidariedade, compreensão e educação?


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Alterações climáticas ameaçam combate à pobreza Oxfam pede aos países desenvolvidos para reduzirem em 40 por cento as suas emissões até 2020

A extrema vulnerabilidade dos países mais pobres face às alterações climáticas é motivo de preocupação para a organização não governamental Oxfam que alertou esta segunda-feira para esse facto. A ONG exige que os países industrializados arranjem mais dinheiro para salvar da fome milhões de pessoas em todo o mundo.

As preocupações estão manifestadas no site da organização. Num relatório publicado a dois dias da cimeira do G8, onde vão reunir-se os sete países mais industrializados e a Rússia, a Oxfam avisa que os ganhos obtidos pelos países mais pobres na luta contra a pobreza nos últimos 50 anos «podem ser perdidos totalmente e de forma irreparável por causa das alterações climáticas».

De acordo com a Oxfam, citada pela AFP, o «verdadeiro custo» do fenómeno são os «milhões de vidas». A organização pede, por isso, aos países do G8 que se comprometam a reduzir pelo menos 40 por cento das suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020.

Exigido aumento de investimento na adaptação aos efeitos climáticos

Para além disso, a organização exige destes países um aumento adicional dos apoios económicos para os países em desenvolvimento. A Oxfam pede um investimento de 150 mil milhões de dólares (107 mil milhões de euros) para ajudar os países pobres na adaptação aos efeitos climáticos e na redução das suas emissões poluentes.

De acordo com a organização, ajudar estes países é um dever dos G8.

O risco de «multiplicação das fomes» é a principal preocupação desta organização não governamental. Algumas culturas de base, como o milho e o arroz (vitais para as populações mais pobres) são muito sensíveis aos aumentos de temperatura e aos extremos climáticos.

Para elaborar o relatório, a Oxfam baseou-se nas conclusões de 2500 cientistas internacionais que se reuniram em Março, na Dinamarca. A organização cruzou depois estas previsões com os estudos das agências da ONU para a agricultura, refugiados e saúde.

Recorde-se que o clima vai ser um dos temas principais em destaque na cimeira dos oito países mais industrializados do mundo - Estados Unidos, Canadá, Rússia, Japão, França, Alemanha, Reino Unido e Itália que vai começar esta quarta-feira.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Dependente dos EUA, país teme bloqueio

Tegucigalpa tem economia frágil; isolamento internacional minaria apoio interno a golpistas


Honduras, um dos países mais pobres do continente, terá dificuldades para sobreviver às sanções americanas e da Organização dos Estados Americanos (OEA). A economia do país depende completamente dos EUA e da ajuda de organismos internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial, que já suspenderam o financiamento de alguns projetos em território hondurenho.

Será difícil para o governo de facto conseguir se manter no poder sem esse apoio financeiro, ainda mais com uma massa de desempregados que chega a 27,8%. Mais da metade da população vive abaixo da linha de pobreza e dois terços dos hondurenhos vivem na extrema pobreza, segundo o Banco Mundial.

Se nas grandes cidades a situação já é complicada, é ainda pior no interior do país, em áreas como o Departamento de Olancho, um dos mais pobres de Honduras, onde, nos últimos dias, ocorreram choques com o Exército.

A economia local é baseada nas exportações de café, banana e frutos do mar. Os EUA são compram 67,2% do que Honduras exporta, mas podem facilmente substituir o país por outro mercado fornecedor. Já Honduras não tem como substituir seu principal cliente, uma vez que seu segundo maior comprador, El Salvador, adquire apenas 4,9% de suas exportações.

De acordo com um relatório do Banco Mundial, o total das trocas comerciais de Honduras (importações mais exportações) equivale a 129% do PIB, o que deixa o país extremamente vulnerável a choques externos.

Para complicar, a Venezuela, aliada do presidente deposto Manuel Zelaya, fornecia a preços mais baixos petróleo para Honduras. E o presidente Hugo Chávez já anunciou que não manterá esse suprimento subsidiado para o governo de Roberto Micheletti.

Os empresários e fazendeiros locais em geral apoiam a deposição de Manuel Zelaya. Um dos motivos é o decreto para aumentar o salário mínimo em mais de 60%, visto por eles como populista. Por outro lado, se a pressão internacional se mantiver, talvez esses empresários obtém por ceder e retirem o apoio a Micheletti.

Nas favelas, o sentimento contra o governo autoproclamado pode se intensificar caso os EUA imponham barreiras ao comércio e os recursos do BID se tornem inacessíveis.

As remessas dos imigrantes hondurenhos nos EUA, que representam um quarto do PIB do país e poderiam servir para amenizar as consequências de sanções, devem ser escassas neste ano por causa da crise financeira global. Segundo o Banco Mundial, Honduras precisa crescer uma média de 6% ao ano para conseguir reduzir seus níveis de pobreza.

Obama buscará acordo no G8 para ajudar países pobres

CIDADE DO VATICANO - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que buscará um acordo para aumentar a ajuda aos países pobres afetados pela crise econômica mundial durante a próxima Cúpula do G8.

O evento, programado para ocorrer entre os dias 8 e 10 de julho na cidade italiana de L'Aquila, reunirá os representantes das sete nações mais ricas (Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, Canadá, Japão, Reino Unido) e da Rússia.

Em entrevista ao jornal católico Avvenire, Obama ressaltou que o G20 (grupo dos países industrializados e dos emergentes) acordou em sua última reunião, realizada em abril na cidade de Londres, adotar medidas para "atenuar o impacto da crise econômica" no mundo.

"Neste sentido, fiz o Congresso aprovar US$ 100 milhões em créditos para o Fundo Monetário Internacional (FMI), como instrumento de ajuda aos países pobres", explicou o mandatário.

"A nossa prioridade no G8 é induzir os outros países a fazerem o mesmo", ratificou Obama, pontuando que "os Estados Unidos têm como objetivo redobrar a ajuda".

Ao comentar a relação entre EUA e Itália, atual presidente do turno do G8, o mandatário norte-americano disse que "Roma já contribuiu muito em ações militares no Afeganistão e que se ainda há necessidade de ajuda, é no adestramento das forças locais e no desenvolvimento da economia".

Obama, que durante sua viagem à Itália para participar da Cúpula será recebido pelo papa Bento XVI, contou também que conversará com o Pontífice sobre temas como "a paz no Oriente Médio, a luta contra a pobreza, as mudanças climáticas e a imigração".

Definindo Bento XVI um "líder extraordinário", o presidente contou esperar do Vaticano "uma colaboração duradoura" sobre os pontos que serão abordados no encontro, principalmente os relativos ao Oriente Médio.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

G8: ONGS PEDEM A BERLUSCONI AÇÕES CONTRA FOME E POBREZA


ROMA, 2 JUL (ANSA) - Às vésperas da Cúpula do G8, a entidade Coalizão Italiana Contra a Pobreza entregará um milhão e meio de assinaturas ao primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, como forma de pedir ações concretas contra a miséria, a fome e as mudanças climáticas.
Os representantes da instituição, que reúne mais de 70 organizações não-governamentais, irão se reunir hoje com o premier no Palácio Chigi, sede do governo italiano.
Na ocasião, os líderes da Coalizão Italiana Contra a Pobreza vão questionar se o país, atual presidente do turno dos sete países mais ricos e da Rússia, pretende usar sua posição estratégica para impulsionar os instrumentos que garantem os direitos econômicos e sociais no mundo.
Segundo a entidade, a Itália é um dos países que mais reduziram a ajuda às nações em desenvolvimento.
No mês passado, as ONGs Oxfam Internacional e Ucodep exigiram que os membros do G8 (Estados Unidos, França, Itália, Canadá, Alemanha, Reino Unido, Japão e Rússia), cumpram suas promessas de auxílios aos países pobres.
O porta-voz da Oxfam Internacional, Farida Bena, afirmou que o apelo era dirigido, principalmente, ao governo italiano, o qual, segundo ele, foi um dos que mais recusaram o plano que previa a doação de uma parte do Produto Interno Bruto dos países do grupo para as nações em desenvolvimento até 2015.
"Em 2006, a quota do PIB destinada aos países em desenvolvimento devia ser 0,33%. Em 2008, a Itália colocou à disposição apenas 0,22% e se prevê que este ano será de 0,09%", explicou Bena, ressaltando que algumas nações que não fazem parte do G8, como a Espanha, "estão colaborando melhor, mesmo com a crise econômica".
A próxima Cúpula do G8 está agendada para ocorrer entre os dias 8 e 10 de julho na cidade italiana de L'Aquila. (ANSA)

Mulher vive no limite da pobreza


02 de Julho de 2009

Ela pede à população que a ajude a aliviar a situação difícil em que vive

No limite da pobreza. É assim que vive Selita de Oliveira do Nascimento, 54 anos, moradora na rua Luiz Canani, ao lado do número 345, no bairro Santo Antônio. Doente, a mulher vive em uma casa de madeira sem as mínimas condições de infraestrutura. Desesperada, procurou O Momento para fazer um apelo à comunidade e autoridades a ajudarem a sair da situação difícil em que vive.

Separada, Selita mora sozinha. De vez em quando conta com a companhia de duas netas que dormem em sua casa. Ela tem três filhos casados, sendo que dois moram em Lages. Só que, segundo ela, todos são pobres também e não tem condições de ajudá-la. Dessa forma, enfrenta uma série de problemas vivendo em condições subumanas.

Com dois cômodos, a casa onde ela mora encontra-se com a estrutura comprometida. Há frestas, goteiras e buracos por todos os cantos. O assoalho, a cobertura e as madeiras de base não oferecem segurança; os cupins tomaram conta da madeira. A preocupação é que tudo caia sobre ela. A mobília é composta apenas com objetos velhos. No abrigo é possível encontrar um fogão à lenha, uma mesa com cadeiras, uma cama e alguns objetos de cozinha. Não há energia elétrica e nem banheiro. “Me ajudem, por favor”, apelou.

Mas o drama da mulher não para por aí. Doente, ela sofre de asma, tem cisto e uma hérnia na barriga precisando fazer inclusive uma cirurgia. Por falta de dinheiro, diz que interrompeu o tratamento com remédios. A falta de alimentação também é um drama. Para garantir um prato de comida conta com a ajuda de amigos.

Não bastasse tudo isso, também tem sofrido muito com o frio rigoroso do inverno, pois não tem agasalho e roupas de cama para se proteger. “Eu peço ajuda das pessoas, que façam doação de comida, roupa, móveis, remédios, madeiras para reformar minha casa, enfim, qualquer coisa é bem-vinda”.

Na Secretaria Municipal de Assistência Social informaram que Selita recebe, de tempos em tempos, uma cesta básica do Centro de Assistência Social (Cras) do bairro Centenário e que já foi orientada a se cadastrar no Bolsa Família. Da Secretaria Municipal de Habitação saiu a promessa de encaminhar uma equipe para verificar a situação da moradia.

Quem quiser ajudar Selita fazendo doações pode entrar em contato com a sua amiga Zilma Terezinha Ribeiro pelo telefone (49) 3224-5986 ou se deslocar à casa de Selita.

Vão de Almas, símbolo da dívida histórica do Brasil com seus escravos




VÃO DE ALMAS (AFP) — Ao raiar do dia, Zé de Marisa parte com suas mulas para anunciar a morte do velho Justino, em Vão de Almas, uma das remotas aldeias criadas há séculos no Brasil por escravos fugitivos; e que aguarda as promessas de construção de uma estrada que a conecte ao século 21, feitas pelo presidente Luiz Inacio Lula da Silva.

"O velho Justino morreu hoje. Ouviram? Avisem as pessoas, grita Zé, no cume de uma colina, numa chácara distante, do outro lado do caudaloso rio Paranã.

São seis horas até a cidadezinha mais próxima, onde poderá pegar um telefone para informar os parentes que deixaram o local.
Um velho quilombola fuma um cachimbo
durante o enterro de velho Justino

Como a maioria das comunidades de descendentes de escravos, as 400 famílias que moram na aldeia pagam caro por seu isolamento histório: não há estrada, água, luz, telefone ou médico; a única presença aparente do Estado são pequenas escolas com permanente déficit de professores.

Vão de Almas é a mais isolada das comunidades Kalunga, um território de 2..530 km2 de serra e rios, a 400 km ao norte da capital brasileira.

A histórica fuga de seus fundadores e seu isolamento geraram uma cultura de heranças africanas e indígenas que, em parte, vão se perdendo.


O falecido dom Justino, que faria 100 anos, é velado por toda a comunidade à luz de vela... Ele era o rezador de cerimônias e casamentos e curava com unguentos. Morreu sem deixar sucessor.

Elva Valera da Conceição, uma anciã magra de 70 anos, que cria 12 netos, é a parteira da comunidade.

"Como aprendi? Mistério de Deus. Meu pai me ensinou as orações", explica à AFP junto a jovens que descascam arroz e moem a farinha em grandes moendas.

O caminho através do território Kalunga, em burro e a pé pela serra escarpada, é passo obrigatório quando se precisa de alguma coisa ou se quer vender seus produtos. Não são muitas as vezes que um todo-terreno oficial se aventura pela serra.

Dom Justino decidiu que não queria fazer a penosa viagem até o hospital.

"Ser Kaluna é sofrimento", explica dona Natalina, que criou sozinha os oitos filhos e recorda com horror quando teve que cruzar as montanhas escapadas a pé, com o filho de 14 anos nas costas, para evitar que morresse de pneumonia,

As casas espalhadas pela serra são de adobe, com telhado de palha; a comida é feita em fogão a lenha, muitas vezes no chão e a fonte da vida são os rios.

O Estado nos deve, durante muitos anos nada recebemos. Não queremos ir para a cidade, passar fome, lutamos por uma estrada e educação", lamenta Zé, que foi eleito representante da comunidade no município, para aonde vai uma vez por mês.

"É indigno como tratam os Kalungas, como se não fossem gente. O Estado não oferece nenhuma condição. Tive que construir minha casa de barro e comprar burros para me instalar", desabafa a professora Sandra Ferreira da Silva.

Lula prometeu casas, eletricidade, educação, saneamento básico, no início de seu governo.

Líder da desigualdade social, nos últimos 20 anos, o Brasil acelerou o reconhecimento de territórios indígenas e uma reforma agrária para dar terra aos que nada têm.

Os descendentes de africanos foram os últimos da lista, beneficiados com o decreto do presidente Lula que, logo ao chegar ao poder, reconheceu a propriedade coletiva desses territórios fundados por escravos e considerados entidades históricas e culturais.

Só que as promessas de Lula chegam a conta-gotas, podendo, inclusive, ser revertidas com uma ação de inconstitucionalidade na Supremo Tribunal Federal.

"Essas pessoas não existiam para o Estado brasileiro antes desse reconhecimento. A maioria desses quimbolas foram encontrados em situação semelhante à vivida no século XVIII; muitos nem conheciam dinheiro", denuncia Zulu Araújo, presidente da Fundação Palmares que tutela essas aldeias das quais, calcula, existam 3.500 em todo o Brasil, com três milhões de pessoas.

O Brasil, que trouxe milhões de escravos da África, foi um dos últimos países a abolir a escravidão, em 1888. Hoje, a metade de sua população, de 190 milhões de pessoas, possui descendência africana, mas a desigualdade persiste: o salário médio da população negra corresponde à metade do recebido pelos brancos e sua presença no ensino superior não chega a 3%.


domingo, 28 de junho de 2009

Facção criminosa transforma favelas da Baixada em sucursais do tráfico

Investigações revelam domínio de áreas e presença de homens armados.
Traficantes teriam procurado essas áreas para fugir de ocupações policiais.

Aluizio Freire Do G1, no Rio

Algumas favelas da Baixada Fluminense se transformaram em sucursais de uma das facções criminosas mais violentas do Rio de Janeiro, de acordo com investigações da polícia. Os locais teriam se tornado os principais destinos de traficantes que supostamente migraram de favelas da capital para fugir das ocupações policiais.

Segundo a polícia, as bases mais perigosas, com a presença ostensiva de homens armados de fuzis e metralhadoras, são as localidades conhecidas como Mangueirinha e Santuário, em Duque de Caxias, Vila Ruth, Gonçalves, Guarani e Dique, em São João de Meriti.

Ocupadas pela população mais carente dos municípios, nessas comunidades é comum a circulação de dependente de drogas em busca de pedras de crack .


Para conter o avanço dessas quadrilhas, o coronel da PM Paulo César Lopes, que já esteve à frente do 15º BPM (Duque de Caxias) e hoje chefia o 3º Comando de Policiamento de Área (CPA), garante que não vai deixar “a bandidagem se criar”.


“O comandante do batalhão de Caxias (Coronel Luiz Antônio Corso) está preparando ações repressivas sistemáticas para essas localidades. Independente disso, estou fazendo um planejamento para ocupar, principalmente, a Mangueirinha, que é a área mais preocupante”, afirma Lopes.

O coronel esteve reunido, há duas semanas, com autoridades da área de segurança e o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito dos Santos, para discutir a violência na região. Algumas pessoas que participaram da reunião relataram que teriam visto homens armados de fuzis circulando nas comunidades.

Índices mostram aumento de criminalidade

De acordo com os últimos índices de criminalidade da Baixada, divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), a situação merece mesmo atenção da polícia. De janeiro a março deste ano, comparado ao mesmo período de 2008, houve aumento no número de homicídios, que passou de 478 para 529 casos, ou seja, mais 51 mortes.


Os roubos de veículos passaram de 1.620 para 1.746, um acréscimo de 126 ocorrências. Foram feitos mais 607 registros de roubos a transeunte, pulando de 3.141 para 3.748.


Os traficantes que mudaram de endereço também estão na mira da Polícia Civil. As investigações revelam que a maioria teria saído do conjunto de favelas do Alemão, no subúrbio, durante a ocupação policial para início das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Ramificações

“Estamos investigando essas ramificações do tráfico. Essas informações estão sendo repassadas à Secretaria de Segurança para planejar operações nessas áreas”, disse o delegado Marcus Vinícius Braga, titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod).


Durante uma operação na Mangueirinha, em fevereiro, com 200 homens da Polícia Militar para desarticular o novo entreposto de distribuição de drogas, cinco pessoas morreram e oito foram presas. Na ação, foram apreendidas duas submetralhadoras, duas escopetas, nove pistolas e quatro granadas.


No dia 4 de junho, na mesma favela, a polícia apreendeu cerca de 300 quilos de maconha.

Tráfico de pessoas

(*) Sergio da Rocha

O tráfico de pessoas é um tema a ser colocado em pauta na realidade piauiense.

Quando ouvem falar do assunto, as pessoas tendem a considerá-lo como algo confinado às telas do cinema ou da televisão, ou como algo distante, que acontece apenas em alguns poucos países ou regiões do mundo, ou ainda, como coisa do passado, identificado com o tráfico de escravos negros.

Infelizmente, o problema do tráfico de seres humanos têm se disseminado e se agravado no mundo e em nosso País, adquirindo variadas formas: trabalho escravo, exploração na indústria do sexo, servidão doméstica e venda de órgãos. As vítimas desta grave violação dos direitos humanos são, na sua maioria, mulheres, adolescentes e crianças em situação de risco, indígenas e afro-descendentes, minorias étnicas e imigrantes ilegais. Trata-se de uma atividade criminosa altamente lucrativa.

É considerada a terceira fonte de lucro do crime organizado, em nível mundial, perdendo apenas para o tráfico de armas e de drogas. Para se ter uma idéia da gravidade deste problema no mundo, pode-se tomar as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicando que durante o ano 2005, o tráfico de pessoas fez, aproximadamente, 2,4 milhões de vítimas, das quais, 43% submetidas à exploração sexual e 32% à exploração econômica.

No Brasil, as rotas do tráfico de pessoas têm sido ampliadas. Uma pesquisa realizada em 2002 mapeou 241 rotas de tráfico interno (interestadual e inter-municipal) e internacional de crianças, adolescentes e mulheres brasileiras. O que tem favorecido esse triste quadro? Estudos sobre o problema mostram que dentre as suas principais causas estão: a pobreza, a exclusão social, o desemprego, o turismo sexual, a imigração ilegal, a violência doméstica, a corrupção e o crescimento do crime organizado. Assim sendo, considerando-se as situações que vivemos, podemos compreender como o País vai se tornando, cada vez mais, terreno fértil para o florescimento do tráfico de pessoas.

O tráfico de seres humanos acontece principalmente através da exploração sexual comercial e de diversas formas de exploração do trabalho forçado: mulheres e crianças traficadas para fins de prostituição, crianças e adultos para trabalho escravo na agricultura e carvoaria, imigrantes vivendo em condições de escravidão em grandes centros urbanos. Não se pode ficar indiferente diante deste quadro de violência, exploração e morte. É preciso redobrar a atenção e o empenho no enfrentamento do tráfico de pessoas. A ação dos Poderes Públicos é fundamental.

O Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, da Secretaria Nacional de Justiça, representa um passo significativo neste processo. O combate ao crime organizado precisa ser intensificado e a polícia devidamente capacitada para enfrentar o problema. Embora necessária, a repressão ao tráfico de pessoas não é suficiente para a sua eliminação. É preciso investir mais na sua prevenção, especialmente, através da cons-cientização e da divulgação de informações a respeito, com a necessária parceria dos meios de comunicação e de entidades da sociedade civil.

A assistência às vítimas é outro grande desafio. A Igreja muito pode e deve contribuir no âmbito da prevenção, assim como, na assistência às vítimas. As Comissões de Direitos Humanos ou de Justiça e Paz da Igreja Católica podem oferecer preciosa colaboração. A atuação do Setor Pastoral da Mobilidade Humana da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) tem contribuído muito para a tomada de consciência sobre o problema do tráfico de pessoas e para o seu enfrentamento, no Brasil e na América Latina.

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) tem demonstrado grande interesse pela questão, proporcionando divulgação e reflexão a respeito. Diversas outras entidades ou pastorais da Igreja Católica tem prestado valiosa ajuda, como a Pastoral da Mulher Marginalizada e a Comissão Pastoral da Terra, denunciando o tráfico para a exploração sexual e o trabalho escravo. É preciso conhecer a realidade, tomar consciência da sua gravidade, para enfrentar e erradicar o tráfico de seres humanos. A dignidade e a liberdade que o Criador concede a cada pessoa humana, criada à sua imagem e semelhança, não podem ser violadas ou negadas. Nenhuma pessoa deve ser comercializada ou escravizada! É preciso dizer "não" a esta forma moderna de escravidão e violação dos direitos humanos!

(*) Sergio da Rocha é arcebispo de Teresina. Artigo publicado na edição de hoje do jornal Diário do Povo.

Michelle Pfeiffer quer legalização da prostituição

Michelle Pfeiffer quer legalização da prostituição
Reprodução / Pop Crunch
A atriz Michelle Pfeiffer acha que o governo dos Estados Unidos deve considerar a legalização da prostituição. As informações são do site "Popcrunch".
A atriz, de 54 anos, interpreta uma garota de programa no filme "Cheri", de Stephen Frears.
"Um dos argumentos para proibir a prostituição seria para proporcionar segurança a essas mulheres, que vão se prostituir de qualquer jeito. A legalização pode resolver um monte de problemas para elas", disse Michelle.
No longa, a atriz vive uma cortesã parisiense do começo do século que se envolve com um garoto de 19 anos

Juiz teme que decisão do STJ estimule turismo sexual

Tribunal entendeu que dois homens não cometeram crime ao contratar prostitutas de 13 a 15 anos

Maicon Bock | maicon.bock@zerohora.com.br

Ao decidir que não houve crime no caso de dois homens que pagaram por sexo com três adolescentes no Mato Grosso do Sul, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) causou nesta semana indignação de juízes e autoridades da área da infância e da adolescência no país. Para a corte, os homens foram apenas clientes ocasionais de garotas que já estavam na prostituição, na época com 13, 14 e 15 anos.

O juiz José Antônio Daltoé Cezar, do 2° Juizado da Infância e da Juventude de Porto Alegre, avalia que a medida abre precedente para que turistas estrangeiros venham ao Brasil fazer turismo sexual, sem a preocupação de estarem cometendo crime de exploração sexual com garotas que já se prostituem.

– Para o sistema de Justiça, é triste. Nosso trabalho está na contramão disso, que é proteger criança e adolescente, e o que estamos vendo é o contrário. Essa ideia de que uma menina de 12, 13 anos tem condições de consentir na entrega de seu corpo por dinheiro a um adulto é lamentável – afirma o juiz.

Luciane Escouto, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, considera a decisão equivocada, afirmando que a prostituição não era uma opção das garotas, mas uma condição imposta pela necessidade de sobrevivência:

– Acho um absurdo isso. Imagine reconhecer adolescentes como profissionais do sexo, como se já pudessem fazer essa opção. As adolescentes estão ali por questão de sobrevivência. O adulto é a referência, ele sabe que está fazendo errado, que não pode procurar menor de 18 anos para isso. Elas não podem ser reconhecidas como profissionais do sexo, porque estão em formação, em desenvolvimento psicológico e físico.

Adolescentes receberam até R$ 80 pelo serviço

O caso em discussão ocorreu em 2003, em Campo Grande. José Luiz Barbosa e Luis Otávio Flores Anunciação contrataram os serviços sexuais das adolescentes numa parada de ônibus e se dirigiram de carro a um motel, onde pagaram R$ 80 para duas garotas e R$ 60 para a terceira.

O STJ manteve a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que havia absolvido os réus de crime de exploração sexual sob o argumento de que as adolescentes já eram prostitutas reconhecidas. O tribunal, entretanto, ressaltou que a responsabilidade penal seria grave caso eles tivessem iniciado as jovens na prostituição. O caso chegou ao STF porque o Ministério Público do Mato Grosso do Sul recorreu da decisão, afirmando que o crime de exploração sexual não se exclui quando as adolescentes são prostitutas.


A polêmica

O CARÁTER OCASIONAL

O caso que levou o Brasil a discutir a prostituição infantil:

- Na análise do caso de Mato Grosso do Sul, o STJ rejeitou acusação de exploração sexual de menores contra dois clientes que contrataram em caráter ocasional serviços de prostitutas adolescentes.

FOTOS IRREGULARES

- Os réus foram condenados apenas por terem fotografado as garotas nuas em poses pornográficas. Eles tinham contratado serviços sexuais de três garotas de programa adolescentes em um ponto de ônibus.

- Elas foram levadas a um motel. Como pagamento, duas delas receberam R$ 80, cada e a terceira recebeu R$ 60.

GAROTAS CONHECIDAS

- Ao absolver os réus do crime de exploração sexual das meninas, o Tribunal de Justiça havia levado em conta o fato de que as adolescentes já eram “prostitutas reconhecidas”.

O NOVO ENTENDIMENTO

- O STJ confirmou o entendimento ao apontar que o crime de submeter criança ou adolescente à prostituição não abrange a figura do cliente ocasional. A relação não deve ser enquadrada como exploração sexual.

ZERO HORA

Grande SP pode ter toque de recolher para adolescentes

Dom, 28 Jun, 07h30

Sob o argumento de que é preciso proteger jovens e ao mesmo tempo inibir a criminalidade juvenil e até a prostituição infantil, ganha corpo na Região Metropolitana de São Paulo a discussão sobre adoção de um toque de recolher para proibir a permanência nas ruas de adolescentes desacompanhados dos responsáveis, a partir de determinado horário. Já adotada em três pequenas cidades do interior paulista - Fernandópolis, Ilha Solteira e Itapura - e em municípios de pelo menos 13 comarcas de sete Estados, a medida está em estudo em Santo André, Diadema, Guarulhos e Ribeirão Pires e em mais 16 cidades paulistas.

Autor do projeto de lei apresentado na Câmara Municipal de Santo André, Marcos Cortez (PSDB) diz que o objetivo é diminuir o número de ocorrências policiais envolvendo menores. "Nas cidades onde o toque de recolher foi adotado houve quase 70% de queda nessas ocorrências", diz o vereador. Pela proposta, jovens com menos de 18 anos não poderão frequentar locais públicos sem a companhia dos pais, entre a meia-noite e as 6 horas.

Para o vereador Pastor Edmilson (PRB), de Diadema, a intenção é debater o assunto e obter apoio de toda a sociedade e do Conselho Tutelar para que o toque de recolher seja adotado. "Queremos diminuir a violência envolvendo os jovens, em especial os que se encontram em situação de risco, expostos a drogas, álcool, prostituição e vandalismo. Se o jovem está na rua num lazer sadio, no colégio ou trabalho, nada vai mudar para ele." Mesma posição tem o vereador de Ribeirão Pires Edson Savietto (PDT), que quer o apoio do Judiciário para adotar a restrição no município. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mais de um milhão de palestinianos em pobreza extrema

28-06-2009 23:55



Seis meses depois do exército israelita ter invadido a Faixa de Gaza, 70% da população, um milhão e meio de palestinianos, vive na pobreza extrema.

A informação é adiantada pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha que refere a falta de condições básicas de saúde.

Entre os mais afectados encontram-se as crianças, que representam mais de metade da população de Gaza.

De recordar que um milhão e meio de palestinianos representa cerca de 70% da população.

Combate à pobreza será foco da próxima cúpula do G-20

JAMIL CHADE - Agencia Estado


BASILEIA - A próxima cúpula do G-20 vai focar sua agenda no combate à pobreza gerada pela crise e não tratará mais apenas de questões financeiras. O grupo, que se reunirá no segundo semestre, nos Estados Unidos, para sua terceira cúpula, decidiu incluir em sua agenda de trabalho a questão da pobreza, com o objetivo de dar uma resposta aos países em desenvolvimento que estão sofrendo com a crise.



Nos últimos dois dias, negociadores do G-20 estiveram reunidos na Basileia às margens da reunião anual dos bancos centrais. O objetivo foi o de iniciar os trabalhos para preparar a cúpula que ocorre em outubro em Pittsburg. Mas com a crise financeira se transformando em uma crise social, a percepção é de que não há mais como deixar o tema de fora. Entre 2007 e 2009, 59 milhões de pessoas perderiam o emprego segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).



Para a FAO, o número de famintos irá superar pela primeira vez a marca de 1 bilhão de pessoas. Já o Banco Mundial estima que 100 milhões de pessoas cairão abaixo da linha da pobreza depois da crise. A ideia que será trabalhada é a de fortalecer os programas de combate à pobreza, sob o risco de a crise desfazer todos os avanços no mundo nos últimos dez anos.



Outro ponto que será tratado é a situação dos países mais pobres. A crise gerou a queda dos valores de commodities que, agora, fizeram despencar a renda desses países. Durante as reuniões, o Brasil fez questão de insistir que o G-20 é o fórum adequado para tratar da crise e da reforma internacional. Nos últimos meses, pressões nos bastidores indicaram que países ricos gostariam de voltar a ver o tema ser tratado em um grupo mais restrito, como o G8.

Combate à pobreza será foco da próxima cúpula do G-20

JAMIL CHADE - Agencia Estado


BASILEIA - A próxima cúpula do G-20 vai focar sua agenda no combate à pobreza gerada pela crise e não tratará mais apenas de questões financeiras. O grupo, que se reunirá no segundo semestre, nos Estados Unidos, para sua terceira cúpula, decidiu incluir em sua agenda de trabalho a questão da pobreza, com o objetivo de dar uma resposta aos países em desenvolvimento que estão sofrendo com a crise.



Nos últimos dois dias, negociadores do G-20 estiveram reunidos na Basileia às margens da reunião anual dos bancos centrais. O objetivo foi o de iniciar os trabalhos para preparar a cúpula que ocorre em outubro em Pittsburg. Mas com a crise financeira se transformando em uma crise social, a percepção é de que não há mais como deixar o tema de fora. Entre 2007 e 2009, 59 milhões de pessoas perderiam o emprego segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).



Para a FAO, o número de famintos irá superar pela primeira vez a marca de 1 bilhão de pessoas. Já o Banco Mundial estima que 100 milhões de pessoas cairão abaixo da linha da pobreza depois da crise. A ideia que será trabalhada é a de fortalecer os programas de combate à pobreza, sob o risco de a crise desfazer todos os avanços no mundo nos últimos dez anos.



Outro ponto que será tratado é a situação dos países mais pobres. A crise gerou a queda dos valores de commodities que, agora, fizeram despencar a renda desses países. Durante as reuniões, o Brasil fez questão de insistir que o G-20 é o fórum adequado para tratar da crise e da reforma internacional. Nos últimos meses, pressões nos bastidores indicaram que países ricos gostariam de voltar a ver o tema ser tratado em um grupo mais restrito, como o G8.

Marcos Senna apresenta projeto de sua fundação na África do Sul

Johanesburgo (África do Sul), 28 jun EFE).- O meio-campo brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna apresentou um projeto da fundação que leva seu nome, que construirá uma escola às crianças carentes na cidade sul-africana de Gansbaai.

Segundo fontes da Fifa, o jogador do Villarreal foi a Rustenburg acompanhar a vitória da Espanha por 3 a 2 sobre a África do Sul, que garantiu a seleção com o terceiro lugar da Copa das Confederações.

Parte do grupo campeão da Eurocopa de 2008, Marcos Senna não foi chamado pelo técnico Vicente del Bosque por estar com uma lesão muscular desde abril.

Segundo a Fifa, o jogador reconheceu que, apesar de conhecer pessoalmente a pobreza, a situação de alguns lugares de Soweto deixaram-no impressionado.

"Esperava ver pobreza. Sabia que era uma área com muitas carências, mas nunca pensei que fosse tanto. Vi que as pessoas de lá não têm uma oportunidade na vida e isso é o que quero fazer: devolver à sociedade o que pude ter, dar uma chance às crianças", disse.

Senna pensava que a Espanha seria adversária do Brasil na decisão, e não os Estados Unidos. "Não acho que a seleção tenha sentido minha falta, já que temos grandes jogadores", apontou.

"Pelo que vem jogando, é difícil que a Espanha fique de fora da Copa, mas ainda é preciso confirmar a vaga. Não é um resultado ruim que nos fará mudar de método", afirmou.

Marcos Senna aproveitou para defender o trabalho de Dunga como técnico da seleção brasileira. Ele lembrou do retrospecto recente da equipe contra equipes como Itália e Argentina, além de ter conquistado a Copa América. EFE.

ag/dp

EFE

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Banco Mundial prevê mais desemprego e pobreza nos países em desenvolvimento

Arben Celi/Reuters (arquivo)
Crise provoca maiores dificuldades nos países em desenvolvimento
Desta vez, os países emergentes não vão conseguir amparar a queda das maiores economias do mundo. Depois de um crescimento de 5,9 por cento em 2008, que sustentou o abrandamento dos Estados Unidos no ano passado, a economia das nações em desenvolvimento deve subir apenas 1,2 por cento em 2009.

Tirando a China e a Índia das contas, o PIB destes países deverá cair 1,6 por cento. Com o PIB mundial a contrair-se este ano 2,9 por cento, prevê-se mais desemprego e situações de pobreza, alerta o Banco Mundial, num relatório que será hoje divulgado.

"Esta recessão foi muito simultânea. Esperávamos que estes mercados funcionassem como uma espécie de almofada para os países mais ricos, porque ainda havia crescimento na China ou no Brasil. Mas não foi isso que sucedeu", disse ao PÚBLICO Mick Riordan, economista sénior do Banco Mundial.

Apesar das medidas de estímulo dos Governos terem evitado o colapso sistémico do sector financeiro mundial, ainda não foi possível travar a instabilidade e a recessão. A frágil confiança dos consumidores e a maior aversão ao risco dos investidores dos países desenvolvidos também contribuíram para o declínio na procura global.

Segundo o estudo Global Development Finance, o fluxo de capital privado nas economias emergentes já tinha registado quebras o ano passado (de 1,2 milhões de milhões de dólares em 2007, para 707 mil milhões). Este ano, apesar de se manterem em níveis positivos, os fluxos de capital deverão cair 48,7 por cento, para 363 mil milhões de dólares (cerca de 259,7 mil milhões de euros), próximo dos níveis de 2004. Ou seja, vai ser mais difícil conseguir satisfazer as necessidades de financiamento.

Pelas contas do Banco Mundial, 97 dos 108 países em desenvolvimento analisados vão precisar de crédito na ordem de um milhão de milhões de dólares, mais 600 mil milhões do que na crise de 2003, a preços de 2009.

"Nos países onde não for possível captar financiamento externo, o processo de ajustamento será abrupto (...), implicando um declínio mais acentuado no consumo interno e pressão adicional nas taxas de câmbio", diz o mesmo documento.

A Europa e a Ásia central foram as regiões mais atingidas pela instabilidade dos mercados, sobretudo porque alguns países, quando entraram em crise, já tinham conjunturas desfavoráveis. O défice elevado e os desequilíbrios entre a procura e a oferta tornaram algumas economias vulneráveis à quebra das exportações e de capital estrangeiro.

Em 2009, o Banco Mundial estima que o PIB nestas regiões diminua 4,7 por cento, recuperando 1,6 por cento em 2010.

Mick Riordan diz que esta é uma recessão muito diferente das anteriores. "A crise foi quase simultânea entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e os mercados emergentes, e as trocas comerciais entraram em colapso. E é uma crise do sector privado e não do público, da indústria e do sector financeiro", sublinha. A "profundidade" da turbulência global surpreendeu os economistas do Banco Mundial, que, face aos mais recentes indicadores, acreditam que o "princípio do fim" está próximo. Mas deixam um aviso: o mundo está a entrar numa era de crescimento lento que vai exigir mais controlo sobre o sistema financeiro.

"A recuperação vai estar baseada na procura interna dos Estados Unidos, da China e de outros países do Leste asiático. Em 2010, prevemos um crescimento de dois por cento da economia, impulsionado, nomeadamente, pelos pacotes de estímulo e os efeitos da descida da inflação", aponta Mick Riordan.

sábado, 20 de junho de 2009

Esfomeados no planeta superam 1 bi em 2009.

20 de junho de 2009 |

ALIMENTAÇÃO

Relatório divulgado pela FAO culpa crise econômica

O mundo sente cada vez mais fome. A marca de 1 bilhão de pessoas que não consomem pelo menos 1,8 mil calorias diárias será superada em 2009, como consequência da crise econômica mundial, anunciou ontem a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

“Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo”, advertiu a FAO em um relatório sobre a segurança alimentar mundial. A entidade acrescentou dados devastadores a respeito da miséria no mundo: “O número supera em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte, aproximadamente, da população mundial.”

Conforme a FAO, o principal responsável pelo aumento do número de desnutridos é a crise econômica mundial. Isso fica claro quando se constata que, em 2008, o número havia caído de 963 milhões para 915 milhões, graças a uma melhor distribuição dos alimentos. Mas a tendência se reverteu com o agravamento da crise no fim daquele ano. O diagnóstico é de que, com a redução da renda pela crise e com os elevados preços dos alimentos, as populações mais vulneráveis foram atingidas de forma grave.

Em uma projeção, a FAO, com sede em Roma, estima que quase 53 milhões de pessoas sofrerão com a fome em 2009 na América Latina e no Caribe. Os principais problemas, como era de se esperar, estão nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento (confira no infográfico acima).

Em consequência desses dados todos, a FAO já concluiu que o objetivo fixado em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA), de reduzir à metade o número de pessoas com fome, não será alcançado.

Assunto será discutido no encontro do G-8

A meta, agora, é que as autoridades tenham “rapidez e eficácia” para reverter o quadro.

As estimativas da FAO foram divulgadas apenas três semanas antes da reunião dos chefes de Estado e de governo do G-8 (os sete países mais ricos do mundo e a Rússia), na cidade italiana de L’Aquila, de 8 a 10 de julho. Os dados já estão incluídos na pauta do encontro.

Roma

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Fome atinge 1 bilhão de pessoas no mundo, diz FAO

>Masaru Goto/World Bank


A fome no mundo alcançará um recorde histórico em 2009, com 1,2 bilhão de pessoas passando fome, segundo dados publicados nesta sexta-feira, dia 19, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Isso quer dizer que um sexto da humanidade sofre com a desnutrição – o maior número já registrado até então.

Segundo a FAO, o resultado não é consequência das más colheitas, mas sim da crise econômica mundial, que provocou entre outras coisas o aumento do desemprego, reduzindo o acesso dos pobres aos alimentos.

“Uma parte explosiva da desaceleração econômica mundial e o preço dos alimentos que muitos países insistem em manter altos empurraram mais de 100 milhões de pessoas para a fome e a pobreza”, disse Jacques Diouf, diretor-geral da FAO. De acordo com a organização, os preços internacionais dos alimentos básicos estão 24% mais caros do que em 2006 e 33% acima dos registrados em 2005.

“Essa crise silenciosa – que afeta 1 a cada 6 pessoas – representa um sério risco para a paz e a segurança mundiais. Precisamos criar um plano de emergência e um amplo consenso para a erradicação rápida e completa da fome no mundo”, completou Diouf.

Os países pobres, segundo Diouf, “precisam de ferramentas de desenvolvimento econômico e político necessárias para impulsionar a produção agrícola e a produtividade. É preciso aumentar o investimento no setor agrícola, já que na maioria dos países pobres um setor agrícola saudável é a chave para vencer a fome e a pobreza”, afirmou.

“Muitos dos que sofrem com a pobreza e a fome são pequenos camponeses de países m desenvolvimento. Para reduzir o número de vítimas, os governos, com o apoio da comunidade internacional, precisam proteger os investimentos na agricultura, de forma que as crianças tenham acesso não só a sementes e fertilizantes como também a tecnologias adaptadas, infra-estrutura, financiamento e mercado’, explicou Kanayo Nwanze, presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

“O rápido avanço da fome continua provocando uma enorme crise humanitária. O mundo precisa trabalhar unido para garantir que as necessidades emergenciais sejam atendidas”, disse Josette Sheeran, diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA).

A fome no mundo
A fome aumentou lenta, mas constantemente entre 1995 e 1997 e entre 2004 e 2006 em todas as regiões do mundo, exceto na América Latina e no Caribe, segundo a FAO.

Segundo a FAO, quase toda a população desnutrida do planeta vive nos países em desenvolvimento. Na Ásia e no Pacífico calcula-se que 642 milhões de pessoas sofrem de fome crônica, seguida da África Subsahariana (265 milhões), da América Latina (53 milhões), da África do Norte e do Oriente Médio (42 milhões) e dos países desenvolvidos (15 milhões).

FOME NO MUNDO ATINGE O NÍVEL MAIS ALTO DA HISTÓRIA, DIZ A ONU


ROMA, 19 JUN (ANSA)- Mais de um bilhão de pessoas estão subnutridas no mundo, o maior índice já registrado na história, anunciou nesta sexta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
O número de pessoas que sofrem com a fome superou as expectativas da organização e representa aproximadamente um sexto da população mundial. Esse recorde, segundo a FAO, é resultado da atual crise econômica que reduziu salários e aumentou o desemprego.
Para o diretor geral da entidade, Jacques Diouf, "essa silenciosa crise da alimentação representa um sério risco para a paz e segurança mundial". Diouf enfatizou também a urgência em criar um amplo consenso sobre a eliminação rápida e total da fome no mundo e pôr em prática ações para alcançá-la.
"As nações pobres devem ser dotadas de instrumentos econômicos e políticos necessários para estimular a produção e a produtividade do setor agrícola", afirmou o diretor. Ele acredita que para a maioria dos países pobres, um setor agrícola em boas condições é essencial para combater os problemas da fome e da pobreza.
A agência da ONU, ressaltou ainda que a desnutrição não afeta apenas os países mais pobres, ela atinge também países desenvolvidos, nos quais 15 milhões de pessoas sofrem com a fome.
Na Ásia e Pacífico, existem cerca de 642 milhões de subnutridos, na África Subsaariana, 265 milhões, na América Latina e Caribe são 53 milhões e no Oriente Médio e África do Norte 42 milhões, segundo o relatório da FAO.
A fome no mundo passou de 825 milhões de pessoas em 1995-1997 para 857 milhões em 2000-2002 e 873 milhões em 2004-2006. (ANSA)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Crise levará 60 milhões de asiáticos à pobreza.

Da France Presse


SEUL, Coreia do Sul, 18 Jun 2009 (AFP) - Para a Ásia, a crise econômica global representa ainda uma crise social, com uma estimativa de quase 60 milhões de pessoas que passarão a ser consideradas pobres em consequência da queda do crescimento, afirmou o diretor geral do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD).


"As consequências sociais da crise econômica são muito graves", afirmou Rajat M. Nag.


"Esta é nossa principal preocupação", acrescentou o diretor geral do BAD.


Segundo Nag, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) estimada em 3% entre 2008 e 2009 nos países em desenvolvimento da Ásia - excluindo Japão, Austrália e Nova Zelândia - levará 60 milhões de pessoas à pobreza.


Outras 10 milhões sofrerão desnutrição e 56.000 crianças menores de cinco anos morrerão.


O diretor do BAD fez os comentários à margem do Fórum Econômico Mundial para o Leste Asiático, onde os participantes concordaram que a região deve equilibrar o modelo de crescimento orientado para a exportação para superar a queda da demanda nos mercados do Ocidente.


Atualmente os países em desenvolvimento da Ásia exportam 60% de seus produtos para o Japão, a Eurozona e os Estados Unidos.


sm/fp

Escola é dominada por preconceitos, revela pesquisa

Quinta-Feira, 18 de Junho de 2009 | Versão Impressa


Onde há mais hostilidade, desempenho em avaliação é pior; deficientes e negros são principais vítimas

Simone Iwasso e Fábio Mazzitelli


O preconceito e a discriminação estão fortemente presentes entre estudantes, pais, professores, diretores e funcionários das escolas brasileiras. As que mais sofrem com esse tipo de manifestação são as pessoas com deficiência, principalmente mental, seguidas de negros e pardos. Além disso, pela primeira vez, foi comprovada uma correlação entre atitudes preconceituosas e o desempenho na Prova Brasil, mostrando que as notas são mais baixas onde há maior hostilidade ao corpo docente da escola.

Chefe de Estado pede emigrantes na Suíça apoio para combate à pobreza

Moçambique

Maputo - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, instou os moçambicanos residentes na Suíça a contribuírem no combate à pobreza e na redução do desemprego, nessa altura de crise económica mundial, que "pode ter repercussões negativas" nos países pobres.

Armando Guebuza que terminou terça-feira uma visita de três dias à Suíça, onde participou na sessão da Organização Internacional do Trabalho (OIT), avistou-se com a vice-presidente e ministra da economia da Suíça, Doris Leuthard, e com a comunidade moçambicana, a quem pediu que contribuisse na luta contra a pobreza em Moçambique.

Em Genebra, o chefe de Estado moçambicano recebeu garantias de Doris Leuthard de que a Suíça continuará a apoiar financeiramente os projectos de desenvolvimento de Moçambique, apesar de se estar a ressentir dos efeitos da crise mundial.

"A crise financeira internacional pode ter repercussões muito negativas no mercado de emprego e, deste modo, desestabilizar as nossas sociedades", disse Armando Guebuza, aos moçambicanos residentes na Suíça apelando para que apliquem os conhecimentos adquiridos.

A Suíça tem prestado há três décadas assistência financeira a Moçambique num montante de 30 milhões de francos suíços, equivalentes a 20 milhões de euros.

Mudanças climáticas prejudicam a luta da China contra a pobreza














Por Redação do Greenpeace

Para combater o aquecimento global, devem ser estabelecidas metas claras de corte de emissões de CO2.

Pequim, China — Novo relatório do Greenpeace e da Oxfam revela a importância da redução de emissões na melhoraria da qualidade de vida das pessoas.
As mudanças climáticas estão afetando fortemente a população mais pobre da China e os esforços do país para aliviar a pobreza foram enfraquecidos. A conclusão é do relatório Mudanças Climáticas e Pobreza: um Estudo de Caso da China, lançado nesta terça-feira pelo Greenpeace e pela Oxfam Hong Kong. O estudo sugere que o governo chinês se comprometa a um ambicioso plano de resgate climático.

"Erradicar a pobreza causada pelas mudanças climáticas é muito complexo e difícil", afirma Hu An´gang, economista chinês que fez o prefácio do relatório.

A pesquisa revela que as áreas pobres da China afetadas também são as mais vulneráveis aos desastres causados pelas mudanças climáticas. A proporção da população absolutamente pobre que é afetada pelas mudanças climáticas alcançou 95% em 2005, e deve aumentar. Estudos de caso das províncias de Guangdong, Sichuan e Gansu mostram que o aquecimento global provoca enchentes, tempestades de neve e deslizamentos de terra que causam problemas ao meio ambiente e minam os esforços de ajuda aos mais pobres.

"Os esforços para aliviar a pobreza na China nas últimas décadas podem ser seriamente prejudicados a menos que o governo chinês tome a liderança em criar um tratado agressivo de resgate climático no encontro de dezembro em Copenhague", afirma Li Yan, da campanha de Clima do Greenpeace China.

"Os paísees desenvolvidos têm que cortar suas emissões em 40% até 2020. A China e outros países em desenvolvimento precisam reduzir o aumento projetado de suas emissões de 15% a 30% até 2020", avalia Li Yan.

Crédito da imagem:Greenpeace / Virginia Lee Hunter

Envolverde/Greenpeace)

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CCJ discute prorrogação de Fundo de Combate à Pobreza

A idéia em debate consta de proposta de emenda à Constituição (PEC), do senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), que pretende estender por prazo indeterminado, a partir de 2011, o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, criado em 2000, sob a iniciativa do senador falecido Antonio Carlos Magalhães. De acordo com a legislação atual, o fundo, que está inserido na parte das Disposições Transitórias da Constituição, tem validade apenas até o final de 2010. Na avaliação do autor da PEC e do relator, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o nível de pobreza de significativa parcela da população ainda não permite a extinção do Fundo.


Fonte: Agência Senado

ONGs pedem que China reduza previsão de crescimento de emissões

Logo EFE

Pequim, 17 jun (EFE).- As ONGs Greenpeace e Oxfam pediram hoje à China, o maior emissor mundial de gases do efeito estufa, e a outros países em desenvolvimento que reduzam entre 15% e 30% suas previsões de crescimento dessas emissões até 2020.

Assim como os países desenvolvidos deveriam reduzir em 40% o total de suas emissões em uma década, a China e outras nações em desenvolvimento - entre elas o Brasil - "precisam adotar mais medidas para se adaptar ao aquecimento global", ressaltou em entrevista coletiva Li Yan, chefe de campanha para a Mudança Climática do Greenpeace na China.

Li e outros analistas chineses apresentaram hoje o primeiro estudo que relaciona a mudança climática com a pobreza no gigante asiático, elaborado pelas duas ONGs.

O estudo destaca que até agora não foi dada atenção suficiente à relação entre estes dois fenômenos no momento de elaborar políticas para os mais necessitados.

O texto mostra pela primeira vez que as massas de população que vivem na pobreza na China - aproximadamente 106 milhões de pessoas, segundo a ONU - se encontram em locais onde o meio ambiente está em sério risco devido ao aquecimento global.

"Os esforços de combate à pobreza nas décadas passadas podem ser gravemente afetados, a menos que o Governo chinês assuma a liderança no momento de elaborar um tratado de resgate 'agressivo' na cúpula de Copenhague", que acontece no final deste ano, destacou Li Yan.

O Protocolo de Kioto não obrigava os países em desenvolvimento a reduzir suas emissões, mas o objetivo em Copenhague será fazer com que as principais nações emergentes adotem compromissos de redução de poluentes, embora menores que nos desenvolvidos. EFE abc/mh