sexta-feira, 5 de junho de 2009

Saúde lança plano emergencial para dependente de drogas

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Em reação à escalada do consumo de drogas e de problemas de alcoolismo no País, o Ministério da Saúde lançou ontem um programa emergencial, com medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de dependentes. No total, serão investidos R$ 117,3 milhões em 108 municípios considerados prioritários - com mais de 250 mil habitantes e em região de fronteira. O orçamento total do programa de saúde mental é de cerca de R$ 1,3 bilhão por ano.



A ênfase será para atendimento de pacientes dependentes de álcool e crack, cujo consumo aumentou de forma expressiva no País. A ideia é criar desde ações de prevenção nas escolas até centros de apoio e acolhimento para jovens usuários. ?O problema de drogas é complexo. Mas a saúde é um dos temas centrais para o enfrentamento do problema, sobretudo da situação de vulnerabilidade enfrentada pelos jovens?, diz o ministro José Gomes Temporão.



O programa traz metas para serem cumpridas até 2010. O número de leitos para pacientes de álcool e drogas passará de 1.197 para 3.522. O plano traz ainda a criação de 92 Centros de Atenção Psicossocial, com atendimento especializado para paciente de saúde mental. Haverá também um setor encarregado de avaliar a eficácia e a qualidade das ações. Batizado de Observatório Nacional sobre Álcool e Outras Drogas, o centro funcionará por meio de um convênio com seis universidades, de todas as regiões do País. Nos centros serão realizados levantamentos e avaliações sobre a eficácia e a qualidade do atendimento.



O coordenador do Programa de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, conta que a intenção é, por exemplo, verificar se a rede básica realiza de forma adequada o diagnóstico do paciente com problemas de álcool e drogas. ?As pesquisas serão independentes, mas terão um fio condutor, sempre norteado pelo programa?, diz Delgado. O programa prevê a criação de 720 núcleos de apoio à saúde da família. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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