sexta-feira, 5 de junho de 2009

Vannuchi pede 'debate sem preconceito' sobre drogas

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Depois de o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, criar polêmica ao defender a legalização da maconha, ontem foi a vez de o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, tocar no assunto. Durante o lançamento do Plano Emergencial para Combate ao Uso Nocivo de Álcool e Drogas, ele defendeu ?o debate sem preconceito? sobre a legalidade e ilegalidade de drogas. E falou do tratamento diferenciado que hoje é dado a determinadas substâncias.



?Há drogas no borderline: o THC (sigla de Tetra hidro carbinol, nome científico da maconha) é proibido, enquanto outras como o ayahuasca, usada no Santo Daime, são permitidas?, comparou. Para Vannuchi, o jovem é a principal vítima da política de combate às drogas. Ele argumentou que esta fase da vida é marcada pela experimentação em todas as áreas. ?Muitas vezes o jovem está nesta fase, acaba sendo surpreendido e estigmatizado?, completou.



Para Vannuchi, o fato de a nova lei acabar com a pena restritiva de liberdade é um avanço. Mesmo assim, julga ser necessário continuar o debate. ?A estratégia de combate à droga associada à repressão foi um fracasso.? O lançamento do programa também foi transformado em um ato de defesa da política de saúde mental do governo. Vannuchi e o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, procuraram rebater as críticas feitas por médicos que defendem a retomada do modelo anterior à luta antimanicomial. ?Não vamos tolerar retrocesso. Cuidar sim, excluir, jamais?, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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