domingo, 7 de junho de 2009

Voz contra a violência

Lateral Ramon revela sua indignação pelo confronto entre torcidas e cobra punição

POR MAURO LEÃO, RIO DE JANEIRO

Rio - O lateral Ramon estava revoltado, ontem, em São Januário. O jogador considerou absurda a guerra entre torcedores que resultou na morte de um corintiano e num ônibus queimado, durante os tumultos que ocorreram antes e depois do jogo entre Vasco e Corinthians, em São Paulo.

“Tiraram uma vida por nada. Nós vamos sediar uma Copa do Mundo e esta morte repercutirá negativamente”, indignou-se.

Para ele, já passou da hora das autoridades pegarem pesado com os baderneiros.

“Eles não vão para os estádios assistir aos jogos e sim para o enfrentamento, para travarem verdadeiras batalhas. Não sei quem morreu, não conheço a vítima. Mas este tipo de postura violenta não pode ser mais tolerada. A polícia tem que pegar pesado”, comenta.

Ramon teme pela segurança da galera nas finais da Copa do Brasil entre o Corinthians e o Internacional.

“Só espero que estes atos de terrorismo não se repitam. Têm famílias inteiras que vão aos estádio para torcer, curtir um dia feliz. Futebol é para gente feliz e não para quem curte o ódio”, diz.

TORCIDA PELO INTER

Com o passe preso ao Internacional, Ramon assegura que irá torcer pelo sucesso dos seus amigos que permaneceram no time gaúcho. “Tem o Andrezinho, o Taison. Não seria ético eu torcer somente pelo clube”, desculpou-se.

A exemplo dos demais jogadores, Ramon culpou o árbitro Leonardo Gaciba pela eliminação. “Ele deixou de dar um pênalti claro do Chicão em cima do Élton. Todos viram a falta escandalosa, menos ele. O erro dele foi fatal num jogo difícil e truncado, onde o adversário tinha a vantagem do 0 a 0”.

Apesar de pregar que o foco será a Segundona, ele não esconde a decepção pela eliminação na Copa do Brasil. “Ser eliminado sem ter perdido um jogo sequer é angustiante”

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